Quando não Visitar o Peru Para Fazer Turismo?
Quando não Visitar o Peru Para Fazer Turismo?

Quando não Visitar o Peru Para Fazer Turismo?

O Peru é um país fascinante, com uma rica herança cultural, paisagens naturais deslumbrantes e destinos icônicos como Machu Picchu, o Vale Sagrado dos Incas, o Lago Titicaca e a Cordilheira dos Andes. Contudo, como qualquer destino turístico, há períodos do ano que podem ser menos favoráveis para viajar, dependendo das condições climáticas, da infraestrutura disponível e até mesmo da quantidade de turistas. Se você está planejando uma viagem ao Peru, é essencial conhecer quais são os momentos menos recomendados para visitá-lo, a fim de garantir uma experiência mais agradável e evitar contratempos.

Foto de Jorge Fdez na Unsplash

1. Temporada de Chuvas (Dezembro a Março)

A principal razão para evitar uma visita ao Peru em determinados períodos do ano está relacionada ao clima. De dezembro a março, o país enfrenta sua temporada de chuvas, que pode tornar a viagem desconfortável e afetar significativamente o acesso a certas atrações turísticas.

A região dos Andes, que abriga Machu Picchu, Cusco e o Vale Sagrado, é particularmente afetada por chuvas intensas nessa época. Isso pode prejudicar caminhadas ao ar livre e a experiência geral de visitar ruínas incas. As trilhas ficam escorregadias e perigosas, e a famosa Trilha Inca que leva até Machu Picchu é fechada para manutenção durante o mês de fevereiro, o auge da temporada de chuvas.

Além disso, há sempre o risco de deslizamentos de terra que podem interromper estradas e rotas de trem, especialmente no trajeto de Cusco até Machu Picchu. Isso pode causar atrasos e frustrações para os turistas que dependem desse transporte para acessar o sítio arqueológico.

Em áreas como o Vale Sagrado e as montanhas da Cordilheira Branca, a neblina pode dificultar a visibilidade das paisagens espetaculares pelas quais essas regiões são conhecidas. As caminhadas de longa distância, como as trilhas de Huaraz, ficam menos atrativas e mais perigosas.

Se a sua viagem ao Peru inclui exploração ao ar livre, aventuras e visitas às atrações naturais, evitar os meses de dezembro a março pode garantir que você tenha uma experiência mais tranquila e com menos imprevistos.

2. Inverno Costeiro (Junho a Setembro)

A costa do Peru, que inclui a capital Lima e outras cidades como Trujillo e Paracas, tem um clima desértico ao longo do ano, mas o inverno entre junho e setembro traz um fenômeno climático conhecido como “garúa” – uma névoa fria e úmida, comum em Lima. Durante este período, as temperaturas caem, e o céu permanece constantemente nublado, o que pode causar uma impressão negativa para quem deseja visitar a costa.

Embora o clima costeiro não seja tão extremo como nas montanhas durante a temporada de chuvas, a falta de sol e a sensação constante de umidade podem ser um incômodo, especialmente para aqueles que esperam um clima mais ensolarado e vibrante. A garúa cria um ambiente cinzento, tornando menos atrativo explorar Lima e suas belezas arquitetônicas ao ar livre, como o bairro boêmio de Barranco ou o charmoso Parque Kennedy em Miraflores.

Outro ponto a considerar é que o inverno costeiro não é o melhor momento para visitar as famosas Ilhas Ballestas em Paracas, onde a fauna marinha, como leões-marinhos e pinguins, pode ser menos visível. O mar fica mais agitado, tornando os passeios de barco menos confortáveis.

3. Feriados Nacionais e Temporada Alta (Julho e Agosto)

Julho e agosto são meses movimentados no Peru, principalmente devido às férias escolares e ao aumento de turistas, tanto nacionais quanto internacionais. As festividades em julho, como as celebrações da Festa da Independência (28 e 29 de julho), atraem multidões às principais cidades do país, especialmente Cusco e Lima.

A alta temporada de turismo no Peru traz algumas desvantagens significativas. Durante esse período, as principais atrações ficam lotadas, o que pode prejudicar a experiência de quem prefere uma visita mais tranquila e íntima a lugares como Machu Picchu ou o Lago Titicaca. A superlotação pode tornar a logística de viagem mais complicada, com filas longas para ingressos, transportes sobrecarregados e uma maior dificuldade em garantir boas acomodações.

Além disso, os preços aumentam consideravelmente durante a alta temporada. Tanto as passagens aéreas quanto os hotéis e passeios podem ter um custo significativamente mais alto. Para quem busca uma viagem mais econômica e prefere evitar aglomerações, viajar durante a alta temporada pode ser um grande inconveniente.

4. Temporada de Fogos (Setembro a Novembro)

Um fenômeno que poucos turistas conhecem é o aumento dos fogos de queimadas no Peru, particularmente na região amazônica, durante os meses de setembro a novembro. Embora a queima controlada seja uma prática comum para limpar terras agrícolas, essas queimadas podem afetar a qualidade do ar e gerar neblina densa, dificultando a visibilidade em algumas áreas.

A Amazônia Peruana, em regiões como Puerto Maldonado e Iquitos, é um dos destinos mais afetados pelas queimadas. Para aqueles que pretendem explorar a floresta tropical e observar a fauna selvagem, essa época pode ser menos recomendada, já que as condições ambientais podem comprometer a saúde respiratória e a visibilidade das paisagens.

Além disso, as queimadas podem impactar a vida selvagem e diminuir a chance de avistamentos de animais em passeios pela selva, o que é um dos grandes atrativos da Amazônia. Para os turistas interessados em visitar o Parque Nacional de Manu ou fazer cruzeiros pelo Rio Amazonas, é aconselhável evitar os meses de setembro a novembro.

5. Grandes Festas Religiosas (Semana Santa)

Semana Santa no Peru, que acontece entre março e abril, dependendo do ano, é um período em que muitas cidades são tomadas por procissões religiosas e celebrações fervorosas. Embora essa época do ano seja fascinante do ponto de vista cultural, ela pode ser menos favorável para turistas que buscam tranquilidade e facilidade para se locomover.

Em cidades como Cusco, Ayacucho e Lima, a Semana Santa é um evento de grande magnitude, com milhares de fiéis participando de celebrações religiosas. Isso resulta em ruas lotadas, hotéis completamente reservados e um aumento geral na demanda por transporte e serviços turísticos. Para quem prefere evitar multidões e garantir uma experiência mais tranquila, esse pode não ser o melhor momento para visitar o Peru.

Além disso, os preços de hospedagem e passagens aumentam durante a Semana Santa, e muitos estabelecimentos podem estar fechados devido às festividades religiosas. Se você estiver planejando uma viagem ao Peru e não for adepto das grandes festas religiosas, é recomendável evitar esse período.

6. Festivais Locais que Atraem Multidões

Em várias regiões do Peru, há festivais locais que atraem grandes multidões, o que pode complicar a logística de viagem e aumentar os custos. Um exemplo é a Festa de Qoyllur Rit’i, que acontece em junho, nas montanhas de Cusco. Embora seja uma experiência cultural incrível, a festa atrai milhares de peregrinos, resultando em superlotação e dificuldades logísticas.

Outro exemplo é o Inti Raymi, o Festival do Sol, que acontece em Cusco no final de junho. Esse evento histórico atrai uma quantidade enorme de turistas, o que pode aumentar significativamente o tempo de espera para acessar atrações populares e impactar a qualidade da visita.

Embora o Peru seja um destino deslumbrante e repleto de atrações fascinantes, nem todos os momentos do ano são ideais para uma visita. A temporada de chuvas, os feriados nacionais, as festividades religiosas e os fenômenos naturais, como a garúa e as queimadas, podem impactar negativamente sua experiência de viagem. Planejar com cuidado e evitar esses períodos menos recomendados garantirá que sua visita ao Peru seja mais agradável e sem contratempos.

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