Egito: Um País de Riquezas Históricas e Diversidade Cultural
Egito: Um País de Riquezas Históricas e Diversidade Cultural

Egito: Um País de Riquezas Históricas e Diversidade Cultural

O Egito, oficialmente chamado de República Árabe do Egito, está situado no nordeste da África, sendo que a Península do Sinai forma uma ponte terrestre com o sudoeste da Ásia. É por isso que o Egito também é considerado um país do Oriente Médio, o que o torna uma importante potência na África, no Oriente Médio, no Mediterrâneo e no mundo muçulmano.

Vista de pirâmide em Gizé

Em árabe, o Egito é chamado de مصر, ou Miṣr, e, na antiguidade, o país era conhecido como Kemet, ou “terra negra”, devido ao solo aluvial depositado durante a inundação anual do Rio Nilo. Esse evento anual proporcionou ao Egito suas terras férteis, permitindo sua expansão ao longo do rio, especialmente no Delta, onde diversas culturas são, ainda hoje, colhidas.

O Egito ocupa uma área de aproximadamente 1.001.450 km² e faz fronteira com Israel e Faixa de Gaza a nordeste; o Mar Vermelho a leste; Sudão ao sul; Líbia a oeste; e o Mar Mediterrâneo ao norte. É o terceiro país mais populoso da África e o mais populoso do Oriente Médio, com a maioria dos seus estimados 80 milhões de habitantes vivendo às margens ou próximos ao Rio Nilo. Apenas 5,5% da área total do país é realmente habitada, sendo que essa porção é a área que faz fronteira com o Rio Nilo, além de algumas oásis, enquanto os outros 94,5% são constituídos por desertos inabitáveis.

O Rio Nilo atravessa verticalmente o Deserto do Saara, e a área a oeste é conhecida como Deserto Ocidental, ou Deserto da Líbia, enquanto a área a leste, até o Mar Vermelho, é chamada de Deserto Oriental. O próprio deserto é muito pouco habitado, com poucos centros populacionais crescendo em torno de oásis como Fayoum, Siwa, Bahariya, Farafra, Dakhla e Kharga, a oeste, e áreas de habitação restritas aos muitos wadis (ou vales) a leste.

Dentro do Deserto da Líbia, encontra-se uma enorme área de areia conhecida como Grande Mar de Areia, e nessa região, há várias depressões que se encontram abaixo do nível do mar. Isso inclui a Depressão de Qattara, que abrange uma área de aproximadamente 18.000 km² e atinge uma profundidade de aproximadamente 133m abaixo do nível do mar, sendo o ponto mais baixo da África.

A maior parte do Deserto Oriental está situada em um planalto que se eleva gradualmente do Vale do Nilo a altitudes de aproximadamente 600m a leste. Ao longo da costa do Mar Vermelho, há muitos picos íngremes que atingem alturas de até 2.100m acima do nível do mar. O Deserto Núbio está localizado no extremo sul do Deserto Oriental, ao longo da fronteira com o Sudão, e é uma extensa área de dunas e planícies arenosas.

A Península do Sinai consiste principalmente em um deserto arenoso no norte e montanhas acidentadas no sul, cujos picos ultrapassam os 2.100m acima do Mar Vermelho. O Monte Catarina, ou Gebel Katherîna, reina supremo aqui, com uma altura de 2.629m, sendo o ponto mais alto do Egito, superando levemente o Monte Sinai, ou Monte Moisés (Gabal Musa), com 2.285m. Segundo as crenças islâmicas, cristãs e judaicas, o Monte Sinai bíblico foi o lugar onde Moisés recebeu os Dez Mandamentos, embora nem todos concordem que essa montanha específica seja realmente a bíblica.

O Rio Nilo é considerado atualmente o rio mais longo do mundo e entra no Egito vindo do Sudão, fluindo para o norte por cerca de 1.545 km até desembocar no Mar Mediterrâneo. Da fronteira sudanesa até Cairo, o Rio Nilo atravessa um vale estreito e íngreme, que, ao sul de Edfu, tem pouco mais de 3 km de largura. De Edfu a Cairo, a largura chega a cerca de 23 km, com a maior parte das terras aráveis situada no lado oeste. Logo ao norte de Cairo, o vale se funde com o Delta antes de o Rio Nilo se encontrar com o Mar Mediterrâneo.

O Delta é uma planície em forma de triângulo, com aproximadamente 250 km de extensão ao longo da costa do Mar Mediterrâneo. O delta é formado pelos sedimentos depositados pelos muitos afluentes do Rio Nilo (Rosetta [Rashid], Damietta [Dumyat] e outros), tornando-o a área mais fértil do Egito. No entanto, a construção da Barragem de Assuã reduziu o fluxo do Nilo, e a inundação anual foi confinada à história, o que causou a erosão das águas salgadas do Mar Mediterrâneo na maior parte das terras ao longo da costa. Hoje, uma série de quatro lagos rasos e salgados se estende na extremidade marítima do delta.

O Lago Nasser, a maior represa artificial do mundo, foi formado com a construção da Barragem de Assuã em 1970. Tem cerca de 480 km de comprimento e 16 km de largura em seu ponto mais amplo. Quase dois terços deste lago estão localizados no Egito, e ele se estende ao sul até a fronteira com o Sudão.

Desde a antiguidade até a era moderna, o Vale do Nilo foi dividido em duas regiões separadas, Baixo Egito e Alto Egito. O Baixo Egito, onde os faraós usavam a coroa vermelha, é a área do Delta, enquanto o Alto Egito, onde os faraós usavam a coroa branca, é todo o vale ao sul do Cairo (ou Mênfis durante o período faraônico).

As fronteiras terrestres que o Egito compartilha com outros países têm um total de 2.665 km e compreendem: Faixa de Gaza 11 km, Israel 266 km, Líbia 1.115 km e Sudão 1.273 km. Sua costa tem 2.450 km de extensão, incluindo o Mar Mediterrâneo, o Mar Vermelho, o Canal de Suez e o Golfo de Aqaba, embora as indentações adequadas para portos sejam limitadas ao delta.

O Egito possui uma das economias mais diversificadas do norte da África e do Oriente Médio, com vários setores empregando as seguintes quantidades de pessoas: agricultura 32%; indústria 17%; serviços 39%; e turismo 12%.

O país é predominantemente muçulmano sunita, e o Islã é sua religião oficial. Estimar com precisão as porcentagens das várias religiões no Egito é um assunto controverso, e nenhum conjunto de números parece corresponder exatamente, mas é geralmente aceito que de 80% a 90% da população seja muçulmana. Cinco vezes ao dia, o “Adhan”, o chamado islâmico à oração, é ouvido sendo transmitido pelos alto-falantes dos muitos minaretes do Cairo. Há tantas mesquitas na capital egípcia que ela já foi apelidada de “a cidade das mil mesquitas”.

O Cairo também abriga um número considerável de igrejas devido à minoria cristã no Egito, que representa cerca de 8% a 18% da população. Dessas igrejas, 90% pertencem à Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria, com os outros 10% sendo formados pela Igreja Católica Copta, pela Igreja Evangélica do Egito e por várias outras denominações protestantes.

Os 2% restantes da população são judeus, com várias sinagogas localizadas ao redor do Cairo. Islã, cristianismo e judaísmo são as únicas três religiões oficialmente reconhecidas no Egito.

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